Falei esses dias no meu Instagram (me segue por lá? @mamaegoiana) que estávamos passando por um período bem difícil com a Jujubinha que é a Ansiedade de separação ou Angústia de Separação.
Quando a Jujubinha tinha 6 meses ela deu alguns sinais dessa ansiedade, mas logo passou. Agora aos 11meses “petecou” de vez!
Não lembro exatamente o dia em que começou, mas a sensação que tenho é que nunca mais vai passar.
Eu conseguia fazer muitas coisas pela manhã enquanto ela ficava no cantinho dela (fechei uma parte da sala, de uma maneira segura, pra ela brincar e se movimentar livremente, e ficar um período sozinha enquanto eu cuido da casa), mas desde que começou essa fase não consigo fazer tudo que quero, com agilidade. Até uma ida rápida ao banheiro é motivo pra um choro descontrolado.
Ah, Katarina, isso é birra, ta querendo chamar sua atenção…
Olha, eu não acredito nisso, sinceramente!
Sei bem quando ela faz as coisas pra chamar a atenção, por exemplo, quando começa a tossir de brincadeira, porque ela sabe que eu vou brincar, fazer cócegas, perguntar onde tá o xarope dela…
E pensando mais profundamente, por que associamos “chamar a atenção” a uma coisa ruim? Na verdade, não é! Se a criança (ou bebê) chama a atenção de alguém é porque ela está querendo dizer alguma coisa, e nós devemos escutar e tentar entender o que querem nos dizer.
O choro dela, quando eu saio de perto, é diferente por exemplo, de quando eu deito ela pra trocar fraldas. Bebê polvo total. Já tiveram algumas vezes de eu simplesmente só tirar a fralda e colocar outra, sem limpar (óbvio que era só de xixi. Maternidade real aqui) em menos de 1 minuto, pra não ter que ficar lutando com ela. E mesmo assim, eu não acho certo usar a palavra “birra”.
Vendo de fora, pra algumas pessoas, vai ser sim uma bela de uma birra, mas eu prefiro ser empática. Ela não gosta de deitar e esperar a troca da fralda, e a única maneira dela expressar sua frustração é chorando, e tudo bem, sabe por quê? Ela está aprendendo a lidar com seus sentimentos, e esse processo é longo!
A ansiedade da separação é um marco muito importante na vida do bebê. Eles pensam que ele e a mãe são um único ser e quando se dão conta de que a mãe é outra pessoa (separado dele), que ela se movimenta, e pode sumir da vista deles, eles sofrem.
Uma ida à cozinha pra beber água já causa um estresse grande. Eles pensam que a mãe, ao “sumir”, não vai voltar.
Se coloque no lugar do bebê e pense o tanto que esse turbilhão de emoções é difícil de lidar. Aprender o que são essas coisas novas que eles estão sentindo depende de nós pais e mães. É muita coisa pra uma cabeça tão pequenina.
O que estou fazendo?
Primeiro de tudo, tendo empatia.
Ela realmente sofre ao me perder de vista, então eu tento amenizar ao máximo essa situação.
Passei a não deixar ela sozinha no seu cantinho de brincar.
Tirando o banheiro, pra onde eu for a levo comigo.
Deixo ela no chão e fico interagindo, chamando, cantando.
Faço ela participar das atividades.
Se vou guardar roupas, por exemplo, deixo ela brincar com as meias, ou nas minhas coisas dentro das gavetas.
Se vou fazer comida, lavar louça, coloco ela no carrinho, na porta da cozinha, e ela fica tranquila.
Confesso que fica bem mais demorado pra que eu organize as coisas da casa, mas é assim que ela se sente segura no momento, e tudo bem.
Não vou deixar ela sozinha, chorando, sabendo que é mais uma fase tão importante no desenvolvimento dela, e que tudo que ela precisa é ficar ao meu lado, me vendo.
Quando vai passar? Não faço ideia!
Lendo mais sobre o assunto, vi que pode durar até os dois anos do bebê.
É muito tempo, mas eu acredito que depende de nós a maneira que queremos viver esses momentos.
Eu prefiro me colocar no lugar dela, ler bastante sobre o assunto, me informar e fazer de tudo para que fique o mais tranquilo possível.
Não sou perfeita e nem quero.
Tenho meus momentos de perder a cabeça, ficar impaciente, porque é exaustivo!
Escutar um choro (que nem quando toma vacina é tão alto) a cada ida ao banheiro, ou simplesmente tomar água, é muito, muito difícil e a minha cabeça pifa também!
Preciso de 2 minutos sozinha (mesmo que isso vá causar mais choro nela) mas eu preciso respirar pra voltar a ter calma e amparar ela com todo amor, carinho e paciência.
Prefiro assim do que simplesmente sentar ao lado dela, com a cabeça quente.
É um aprendizado diário nosso, mais uma fase de tantas outras que virão.
Ouvi uma vez que ter filho é igual jogar vídeo game: quando você tá feliz achando que passou de fase e acabou, vem o chefão.
E vai ser assim por muitos e muitos anos, afinal, quem disse que seria fácil?
Mas uma coisa eu digo: é o amor mais lindo e puro que alguém pode sentir e vale a pena cada momento, sejam eles felizes ou difíceis.
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